sábado, 15 de setembro de 2007

Ao trabalho.
Terminando inglês, alemão quando se pode; canto lírico, prática jurídica, entre 1001 outras atividades... Começo finalmente a valorizar o final de semana.
Engraçado como funciona a percepção humana. Basta, de fato, que se perca algo, para valorizar o restante ou o que efetivamente já perdeu.
Valorizo muito o tempo que tenho para mim mesma, para fazer o que gosto, estudar algo que gosto, estar com as boas pessoas, andar de bicicleta, correr no parque. (Mas não como uma pessoa "comum", pois como já mencionado, não vejo graça em ser comum).
Antes os dias pareciam iguais.
Havia tempo, e ainda assim parecia escasso. Mas na verdade, percebo que não era assim tão escasso. Hoje, no limite da agenda, vejo que poderia ter aproveitado ainda mais. Usado o tempo, completamente ao meu favor.
Eis que, hoje, para dar conta de todas as atividades, a madrugada é minha parceira.
Mas o lema é: aprenda o máximo que puder.
Se o fizer assim, 'sucesso é consequência'.

Agradecimentos àqueles que manifestaram sua consideração pelo bom resultado que obtive no exame.
E também àqueles que continuam trilhando ao meu lado. Estes continuam presentes em meu coração.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Até que enfim! Era hora.
Eis que desengavetam alguns projetos antigos. Bem projetados, mas difíceis de serem efetivamente iniciados em prática.
Finalmente começam a acontecer. Analiso nostalgicamente como o tempo é um fator interessante em nossas vidas.
Posso observá-lo de diversos modos. Observá-lo como um vilão se assim desejar. Ou posso observá-lo como meu principal aliado. Só falta tempo a quem não sabe aproveitá-lo. Não seria uma grande verdade?
Pode-se, inclusive, tentar o limite. No limite da paciência. No limite da resistência. No limite do que pensamos ser nossos limites.
Esse jogo costuma ser bem interessante. Simplesmente esquecer de suas necessidades mais vitais (em regra, comer e dormir são as primeiras a serem esquecidas) e buscar seu trilho com afinco. Então, alguém diria que é “loucura” buscar algum “sucesso” dessa forma. Como se "ser normal” fosse alguma grande vantagem.

Nada vejo de interessante no comum. O comum é o que todos são. Não há nada mais frustrante do que ser comum.
Ser simples, sim, mas ser comum.. não. E o que mais consigo perceber é que estou cercada de pessoas comuns. Isso não é ruim, mas também não é interessante. Sonhos comuns, desejos comuns, vidas comuns, amigos comuns, relacionamentos comuns, gostos comuns, noites de sábado comuns. Isso é quase tão emocionante como a vida de uma calopsita em uma gaiola, experimentando um ciclo de atividades frustrantes (tais como mastigar alpiste) e esperar a morte chegar. Estranhamente algumas pessoas fazem o mesmo com suas vidas. Vivem também em um ciclo "comum", comodamente esperando a morte chegar. Não tenho uma convicção apenas sobre o mérito, mas uma delas, é que definitivamente isso não é interessante.
Pois, viver de forma incomum seria justamente, o antônimo. Livre. Esquecer o medo de errar. Não ser igual a todos os outros. Trilhar seu próprio caminho. Não apenas desejar agradar a alguém, de forma a não realizar suas próprias vontades (Nota: “Não conheço o segredo do sucesso, mas do fracasso sim. É querer agradar a todos”. - Kennedy). Rumar sentido a felicidade, mas nunca esquecer de carregá-la permanentemente com você nessa viagem. E necessariamente, se comparei a um pássaro, "voar" cada vez mais alto. Isso pode parecer "comum", se vocês pensarem bem. Mas a maioria das pessoas apenas fala à respeito disso, e esquece que tal frase, que soa tão bela, deveria ser buscada na prática.
“Com isso finalmente ela enxerga que não é necessário abrir mão do que verdadeiramente é, em busca do que almeja”. Então voltamos a pauta da gestão do tempo.
Sucesso é apenas consequência. Quase como saudade.
Saudade é um risco para quem ama. Por vezes, consequência da perda. Mas saudade não quer dizer que se está longe. Apenas que se esteve perto um dia.

Sucesso, tempo, liberdade, saudade. Tão subjetivos como esses lapsos de pensamento.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007


Eis que hoje as peças encaixam.
Nos passos cadenciados do tempo, as situações
não apenas mudam
Mas passam a fazer sentido. Talvez o sentido
que buscara toda a vida
Como a importância de alguns ao meu lado
Cada qual com sua forma
Ele, com seu traços harmoniosos, uma personalidade insuportável, mas ao mesmo tempo carente, atencioso e “sui generis”
Ela, com sua docilidade e delicioso jeitinho de criança, uma eterna fonte de compreensão, carinho e um punhado de problemas
Aquela outra, com sua alegre-seriedade e uma lealdade de incomodar até a famosa collie do filme.
Aquele outro, com sua birra desmedida, um vulcão sempre na iminência de deflagrar. E um grande coração.
Passaria horas em breves descrições, sinto um prazer imenso em fazê-las lembrando cada pessoinha que está aqui, trilhando ao meu lado. No mesmo time.
Entrementes, como o natural, as nossas trilhas são cada vez mais distantes umas das outras. Isso tende a não perturbar ao primeiro momento.
Nessa outra esfera, a jurídica, a
força e a disposição sempre tão grandes, em nossos encontros, carregando nossos códigos civis, penais, legislações completas pelos corredores, pensando no próximo prazo, na próxima paciente visita ao fórum, na próxima audiência, e na próxima sexta-feira, de praxe, tão cheias dos nossos sorrisos.
Quanto a outros, em ambientes mais informais. A luz é tão baixa que mal enxergamos uns aos outros. O whisky já está aguado. Mas não conseguimos parar de rir.



2004 - A última vez que lancei pensamentos em um blog de idéias. Por sinal, um igual a este: zip.net, alegre, cheio de aspirações, medos, experiências… Meu mundinho era outro - talvez ainda uma criança, praticante fiel do hipismo, que dispunha de todo tempo livre para passar a tarde com cavalos, ou pintando, ou namorando, ou enfim. Hoje, ter tempo para estas atividades, é de fato um luxo. Ainda assim, desde jovem, aprender sempre foi um de meus ideais. Aprendi. Ganhei cultura. Busquei conhecimentos, paguei por eles, mas por outros não. Tais outros vieram de graça, com a própria vida.
Anos maravilhosos, músicas que marcaram, cheiros, pessoas. Cada qual em seu tempo. Cada qual um caminho. Um pensamento de como teria sido… se tivesse ido por aquele caminho? Ouço a música e ela tenta dizer. O cheiro diz. As pessoas? Essas transparecem.
MOMENTOS, todos nós juntos. Ainda consigo ver a bagunça. O chimarrão de um lado, o vinho derramado do outro… As risadas intermináveis. Tardes inenarráveis, felicidade ainda mais do que eterna. Que doce mês de junho! Que saboroso ano inteiro. E que bela a nossa aliança. E vocês ficaram! Como costuma-se mencionar… Os bons sempre ficam. Os maus… da nossa vida saem um a um. E vocês, bons, que continuam trilhando a minha felicidade eterna. A nossa felicidade eterna. Não interessa que caminho seguirmos; não interessa quantas horas nos veremos por mês; apenas não interessam quaisquer indagações. Vocês, bons meus, estão sempre aqui. E estamos sempre, mais que para sempre, juntos.
Como era fácil! Início de faculdade, irmandade, tranquilidaaade. Mal cheguei, já me amarrei. Que amor era aquele!? Coisa de filme, novela, conto de fadas. Talvez um dos meus maiores grandes amores, mas sem dúvida, o maior em intensidade e em instabilidade também. Ao passo que o amor crescia, a gente se desentendia, em uma proporção simétrica e irritantemente apaixonante. Doía… e como era divertido! Acabou você lá, e eu cá, e uma bagagem de experiência do tamanho da Austrália. Fez parte do ano em questão, e não poderia deixar de ganhar seu espaço aqui. Marcou. Valeu a pena. O primeiro? O primeiro foi o gentil cavaleiro. Sim, cavaLeiro. Mas por completo, um nobre cavalheiro. Docilidade, amabilidade, os olhos da cor do céu, dos quais eu me perdia sem volta. As viagens, os passeios, as tardes à cavalo, as aventuras. Dois jovens cheios de carisma, se divertindo e procurando juízo. Você mudou de continente, eu mudei de plano. Você foi; eu preferi ficar.
Esses primeiros anos… Ah… sem iguais. Na mente, imortais.Tempos que não voltam mais!
Eu, uma garotinha que queria o mundo, boba, alegre, pentelha, pirralha, “Tira onda, estou jogando com você”. Hoje tão mudada. Porém, em uma coisa não foi possível mudar. O ideal de vida é o mesmo: Cultura, conhecimento, simplicidade! Casinha de cerca branca no campo, marido, filhos, cães, cavalos, tranquilidade. Isso é MEU. Isso sou eu. Os frutos pelo meu trabalho, a colher, que continuem vindo. O ideal de vida é o mesmo. Os passos cada vez mais largos, para onde quero. Os trabalhos, sempre mais frutíferos. E o desejo de vida… o mesmo.
E nós ainda buscamos o por do sol. Como naquelas tardes. Juntos. Eu ainda vejo a gente lá. Descobrindo tanta coisa nova, jovens, insanos, viajantes. Cerveja, água mineral, chocolate, macarrão sem sal.
Sobre os anos descritos - meus agradecimentos a vocês que estão aqui, plenos em minha memória, e me permitiram escrever essas palavras com esses momentos guardados por dentro dela. Essa mesma memória que mantém vivos os momentos que estão lá atrás. E mais ainda, continua registrando nossos momentos. Que sejam muitos, que sejam belos, que sejam incomuns; e viva a nossa eterna felicidade.
Os próximos anos, talvez eu narre da mesma forma. Talvez eu apenas dê continuidade a meus pensamentos. Talvez. Felicidade, simplicidade, casinha no campo, uma porção de cavalos e cães. E Lili.

Créditos Especiais dessa edição de abertura devo à: André Buika, Vivian Kodato, Eduardo Assis e Luciana Cortez! Também à: Eduardo W., Daniela, Lucas D., Rodrigo Ramirez, Izabel, Christina, Caio e Thaís.