quarta-feira, 7 de maio de 2008

Não podia compreender ao certo o que estava acontecendo.
O olhar dele não era mais o mesmo.
Segurando as mãos dela, olhava fixamente, como quem admirava uma tela de Monet...
Queria agradá-la, tê-la.

Ouviu suas explicações e inconformadas indagações sobre o que havia mudado.
Ele olhava inerte.
"Fica assim, então?"
"Tudo bem..."

Mas em seu íntimo
Não podia crer que aquilo estava ocorrendo diante de seus olhos
Observou até onde pode, podia suportar a dor
Por fim, inevitavelmente aconteceu.


Acordou, trêmula e enraivecida

Não era real.