"Meine Bessere Weise"
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Em frente
Nao, Maria nao precisava mais daquilo. Ela sentia que havia pela frente uma batalha ainda maior. Mas não queria mais usar aquelas velhas armas... Mirou-as no fundo de um precipício e não olhou para trás.
Já não temia mais. Seus punhos se fechavam e os olhos brilhavam à espera da luta iminente. Novamente a força da guerreira estava com ela. E, por favor, que não a deixasse fraquejar agora...
Carregava alguma frieza no olhar ao passar por aquele vale, por onde passava já há tantos anos. Se tivesse que mudar, apenas mudaria. Mais nada.
"Não me importo mais, independente do que possa haver. continuarei sempre em frente" .
.............
......
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Sombras
Lutava com seus lobos internos... com algo que lhe puxava sempre que tentava ir...
Não conseguia mais entender aquela árdua batalha dentro de si. Nem por que aumentava em algumas épocas. Sentia-se como prisioneira dessa luta... num chão que não se move, tampouco ela mesma. Apenas sabia que precisava lutar, ganhar e ir em frente mais uma vez.
Eis que em alguns momentos da vida surge a guerreira.. com seu corpo forte, sua espada, sua coragem, e abre um lindo caminho de luz, que flui e a leva adiante tantos passos.
Mas quando a vejo partir, os lobos vêm novamente... e as sombras estão em toda a parte.
Os lobos são criados por ma belle mesma. As luzes se apagam quando ela quer assim.
A guerreira age também conforme sua vontade.
Nada é tão sombrio se ela assim quiser, e essa é a verdade mais dura de se entender.
sábado, 30 de abril de 2011
Você sabe bem quem você é.
Todos os dias haviam passado apressados. Sentiu o vento anunciando a noite, mas não viu a escuridão, não podia parar pra pensar.
E pensar em que, afinal?
Em um desejo fixo, ou nos dias cheios com objetivo certeiro. Estavam lá atrás.
Noutro dia sentiu-se como aquela senhora, parada diante de um grande relógio. Ela apenas contava segundo a segundo, e seus olhos acompanhavam aqueles ponteiros incessantemente...
O viu novamente perturbador, irritante. O tempo.
Como se lhe encostasse na parede, indagando tudo de novo.
"Onde vai?"
"Não conclui. Mas quase estou certa"
"Quando estará, definitivamente?"
"Quando parar de temer"
Só não sabia o que estava esperando. Foi quando ouviu o tempo fechar de uma só vez.
Os passos rápidos na caminhada pela noite... Mais uma vez Outono, o céu se limpava de novo. Sem perceber, a guerreira reaparecia. A energia opaca agora brilhava, e a guerreira preparava-se para outra luta. A mais importante de seus últimos anos. E não iria largar suas armas agora.
Você sabe bem quem você é.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Guerreira
Parecia viver o agora...
Mesmo sentindo a insegurança que o agora trazia
Mesmo preferindo o conforto que sentia no amanhã...
Não sabia exatamente quando isso havia mudado
Apenas tentava seguir o caminho
Der bessere weise...
Embora buscasse forças no passado,
tentava encontrar em si mesma aquela mulher
de alguns anos atrás.
Aquela que num ritmo frenético usava harmonicamente cada hora do dia
da noite, da madrugada
que não sabia o que era se cansar...
encarava a rotina árdua sem reclamar
Com um objetivo fixo em mente
que motivava e justificava o suor da jornada.
Após ser alcançado, a guerreira partiu
Maria já não sabia bem, para onde.
Todos os lados agora tinham importância
Ela não tinha somente um objetivo fixo
Mas alguns, que mudavam algumas vezes.
Um dia a guerreira pensou que poderia falhar
e que caso acontecesse, poderia não tentar novamente
Nesse dia, caminhava sem parar, com os passos rápidos
o clima era frio, e o vento deixava gelada sua face
Maria era um misto de ânimo e insegurança
Vontade e medo.
Esses sentimentos pareciam sempre caminhar juntos
Entretanto, remontavam a outra época
Era nítido que não pertenciam mais
E só conseguia senti-los em lapsos...
Ainda assim lhe faziam bem
Como poderia ser?
Sentia-se mais humana.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Vento
Ma belle não entendia por que as folhas caíam agora. Elas cruzavam seu caminho, levadas pelo vento. Somente o vento decidia seus caminhos.
Ela conseguiria viver só da alegria dele. Com o simples, e a alegria que tinham por tudo que passavam juntos. De tempos pra cá, via a vida com novas cores. Experimentava sensações tão agradáveis, que mesmo o trivial parecia novo e interessante..
Poderia parar por aqui, isso se ma belle não fosse tão extrema. Passava a se perguntar a todo o tempo o destino que realmente lhe faria completa. O roteiro de sua vida que um dia pudesse satisfazê-la plenamente. Poderia nunca parar de querer e querer...? Plenamente talvez não seria possível.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Aqui
quão forte ela era!
É cativante a força de Maria. Se ela quer, ela tem.
Não importa quanto tempo, quanto esforço, ela sempre tem ao fim.
Como se houvesse algo de magnético em seus olhos e em seus desejos...
A água da chuva agora escorre de outra janela.
Mas ela sempre se habitua. O inevitável medo do novo, agora, não é mais que um velho conhecido. Que vem e vai frequentemente...
"O que há por vir ainda assusta, Maria?
Aprendi tanto. Lembro-me bem de alguns daqueles momentos... Dias antes de entrar naquele avião, temia por como tudo seria lá. E ao adentrá-lo, só conseguia querer mais de tudo. Foi natural amar o novo. Quando saí do aeroporto, o frio me recebeu, havia neve nos cantos das calçadas. Os velhinhos tinham simpatia nos olhos... Uma imensa árvore de Natal na praça, crianças corriam, atiravam neve. Por um momento quis eternizar-me ali, viver naquele momento pra sempre, com ele ao meu lado, lá. Mas, então, tudo muda, e novos momentos, tais como aquele, surgem e vão.... Penso que hoje não assusta mais... Não sei."
Ela se vê tomada por uma nova rotina. Prepara seu café, lê o jornal. Alimenta o cão, caminha pensativa com ele, sem saber exatamente o que a levou até ali. Traça mentalmente uma rota, e agora observa de uma outra perspectiva.
Que bom que está onde está.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
tempo
Sensações, calafrios, lembranças.
Tudo mexia com sua cabecinha confusa.
Num semáforo qualquer da Faria Lima... perdida em seu mundinho, o sol criava uma espécie de universo paralelo que a fez viajar pra bem longe dali.....
Um som de buzina a trouxe de volta.
"Querida, o que passa aí?"
"Veja só, o tempo de novo. Não apenas fugindo de mim.. mas desrespeitando sua real cadência. Não entendo mais.. Aqui estamos nós de novo".
Havia enfeites de Natal por toda a rua.
"Maria, lembre-se de tudo que foi maravilhoso."
De fato. O espírito agora tinha leveza.
Aquela mesma que absorvia toda a energia. Por longas semanas que não era diferente...
Talvez nunca mais seria.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Uma espiritualidade incomum tomava-lhe conta..
Sentia vontade de avançar no tempo
Disposição, ansiedade e inspiração sem fim...
Após um longo período de tempestade, o sol reaparece.
Então, lá está ela, com sua beleza natural...
Não vê o tempo passar, medita, pensa. O ruído do vento interrompe; por um momento ma belle nem se recorda onde havia parado.
"Observador, estava seguindo e agora não sei bem por onde ia..."
"Ma belle, pra onde quer ir?"
"Eu não sei mais."
Um longo tempo se passou. Ma belle apenas olhava fixamente uma poça d'água da antiga tempestade, sem nada pensar.
"É isso. 'Ontem', eu disse 'amanhã'" ................
O observador calmamente se concentrou em tranquilizá-la. Mais uma vez.
Ma belle queria tanto. E estava sempre querendo mais. Mal percebia que esquecia de desfrutar o que já chegara. E então, passava. Nada podia dar errado, ma belle, não se permitia errar. Era dura demais consigo mesma, e ia além de seu próprio limite físico e psíquico para triunfar em qualquer coisa.
"O que vale mais, observador? O tempo, o corpo, o material, as pessoas ao redor? Algo vale mais? Por que não páro de correr automaticamente atrás de objetivos comuns? Após atingir a quase todos ainda não sinto o que queria sentir."
"O que deveria sentir?"
Ma belle não respondeu. Procurou em sua gama de sentimentos e nada encontrou. Talvez não exista o sentimento que estava procurando. Talvez nunca vá senti-lo, mesmo se cumprir com todos os seus encargos.
O tempo parecia, então, o mais belo dos elementos. As coisas simples da vida tinham um novo colorido. E as pessoas ao redor, reluziam como ouro....
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
sentindo o frescor da madrugada, imaginava como era possível mudar assim tão rápido, de novo.
O velho medo das mudanças voltava.. medo sorrateiro. Mal havia morado nesse quarto, nessa casa.. e já estava de mudança novamente, pra outra casa. Dessa vez, a minha casa.
Há alguns dias, em meio a todos os desgastantes pensamentos sobre gesso, piso, prazos e casamento, serenamente vieram lembranças agradáveis. Estava sonhando com o passado.. com momentos únicos vividos com o grande amor ~~~~~~~~~~~
Pelo mundo.... sempre viajando...
mas lembrava de uma situação específica. Uma viagem.. Paris.. em uma loja de perfumes. Senti a alegria daquele momento.. o cheiro daquela loja.. O vento gelado, a neve na porta... Parecia que havia passado tanto tempo. Mas não. Senti vontade de te pegar pela mão e ir de novo pra qualquer lugar.
Você vai ser sempre o meu melhor lugar...
Nostálgico. Como ouvir algumas músicas... sentir certos perfumes... ou comer algo específico. Nostalgia que dói.. mas é uma dor gostosa. De quando se tem certeza de que viveu algo intenso.
Havia pensado em outras coisas pra escrever há um tempo. E apenas me lembrei dessa última.
O tempo insiste em ser escasso, em fugir de mim. Quase insuficiente também pra ouvir meu consciente observador... Ah meu observador... vive tentando me organizar, me equilibrar, me fazer um ser humano menos imperfeito... Como comentei outra vez, algumas situações absorvem-lhe por completo. E quando se está no `olho do furacão`, nem se pára pra pensar, apenas se age... Segue o ritmo frenético do momento. Nem estranha, nem contesta... Apenas segue o caminho, com um objetivo em mente. Um velho truque contra a ansiedade .
Mas torcendo pro furacão passar logo.
see ya.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Anyway
domingo, 18 de julho de 2010
Zack!
quinta-feira, 13 de maio de 2010
A casa
Lá estava ela novamente.. olhando por aquela mesma janela.
Já fazia tanto tempo. Mas a última vez parecia ter sido há alguns dias atrás.
Dessa vez não chovia. O dia estava claro, porém gelado.
E agora o que tinha para reclamar?
E a terapeuta indaga: Teve algum dia algo para reclamar?
Andava com passos firmes, encantadores.
À medida em que seguia, todos os olhares da rua voltavam-se para ela.
Olhares femininos, olhares masculinos. Vigilantes. Observadores.
Pareciam não deixar escapar nenhum detalhe.
O sol batia no rosto dela, a pele clara e os longos cabelos refletiam.
Ma belle sempre com seus pensamentos, não retribuiu a atenção. Mal sentia estar carregando uma mala pesada de pintura. Andava e sonhava...
Meu observador interno: "Por que a felicidade toda, ma belle?"
"É a casa, querido".
Repentinamente tudo em que consigo pensar é decoração e pisos.
E a ansiedade termina de consumir meus pensamentos vespertinos.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Menina
Quase bati o carro pra poder olhar melhor ...
Lembranças que me fazem sentir tudo de novo.
Quase podia me ver ali... na porta da escola
Os longos cabelos loiros jogados para o lado
A coragem de adolescente confusa. As risadas intermináveis.
As freiras. As broncas delas.
E onde estão aquelas pessoas à minha volta?
Formaram-se? Casaram-se?
Efetivamente pude nos ver, todos ali. Tão tolos... Jovens, sonhadores.
Tão despreocupados.
À propósito, há maior vantagem do que poder ser despreocupado?
Naquela idade se podia, e isso era tão valioso.
Nenhum de nós sabia...
Em homenagem à Raoni Villas Boas
Adeus, amigo.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Eu só consigo pensar desse jeito
Eu te chamo, você corre pra mim
E nossos corpos não são nada mais que uma antiga estátua romana.
Você...
Eu queria levar você comigo
Mas pra sempre
Se não for pra sempre eu não quero nem um dia..
*Por que, ma belle?
"Pra mim é assim. Ou é muito, ou é tudo, ou não é."
*Essa sua mania de exagerar que te faz tão intensa!
"Às vezes, nada mais é do que o medo de não ter"
............................................
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Criança
Por que o ser humano fica incompleto à medida em que amadurece?

terça-feira, 27 de outubro de 2009
Oui!
Entoando o francês.
et...
Comment allez-vous?
Oui, bem, assim posso dizer. Ma belle, finalmente em paz.
Passara aquilo que tanto afligia.
Obrigada por toda a força oculta, pela luz que está por sobre mim
e que me leva a frente, mesmo quando receio ir
Europa, me espere.
Não demoro a te encontrar!
Je reviens tout de suite...
sexta-feira, 26 de junho de 2009
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Es gut
envolventemente curiosa, intensa, cativante.
Quase como o som da música preferida!
Como o cheiro especial insculpido no melhor perfume...
Intenso.. Intenso mesmo. Intensa!
Quando te vejo, ou te ouço, ou te sinto, só consigo ficar assim...
enlouqueço um pouquinho na minha sã realidade.
Vã sanidade.
Sente tb:
http://www.youtube.com/watch?v=1qaEoFySz4Qhttp://www.youtube.com/watch?v=9CK4TU_WXLw
(agradecimento ao Dani russo)
Küsse küsse und Bis bald...
Holandesa
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Céu de maio
Já sentia falta de respirar o seu ar...
O céu tão azul, tão produndo, tão limpo.
Tão intenso que nem as nuvens ousam repousar em seu leito...
Tão imenso.
Logo cedo, a janela se abre... Entram as luzes de um novo dia.. da doce estação.
O trabalho lhe ocupa tanto. Os dias voam como de costume, quando se dá conta, ele se foi.
Então, concentro-me no céu novamente. O sol se vai, a lua vem, as nuvens retornam atrás.
A energia retorna, a vontade, a disposição!
Ma belle, qual o sentido disso tudo?
Nem sempre você encontra o que espera no caminho.
Mas, por vezes, o que encontra é tão bom quanto o que esperava.
Preste atenção. Energia... Energia!
Não siga sem rumo.
O que você está buscando?
sábado, 18 de abril de 2009
O reino
Chega o frio, a vegetação troca sua cor, a pelagem dos animais se torna densa.
Mais uma vez a princesa sentia aquela velha sensação conhecida: Os ventos que tocavam sua pele como um admirador intruso, e novamente traziam consigo inúmeros novos encargos. Aparecia e sumia todos os dias, como um amigo íntimo, e, ao mesmo, um oponente misterioso.
Mas no fundo ela gostaava........
A princesa só não sabia se saía do reino e ia a luta,
ou se esperava a tropa chegar ao reino.
Hmmmm...

segunda-feira, 6 de abril de 2009
O jogo
As peças vão e vem...
E não param de se movimentar.
Algumas jogadas fracassam, e outras, no entanto, são certeiras.
Assim flui a vida.
Como um longo jogo de xadrez.
Lá vão elas... as peças.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Penne ao shitake
É, receita mesmo, salsinha, facão, alho.. enfim, cozinha.
Como eu gosto desse cantinho da casa!
É lá que faço minhas experiências, nos dias de maior inspiração.
Transformo alegria em pratos (fica bom, viu?). Cada dia visito um país diferente...
Haja salsinha.
Bom, vou passar uma criação minha que gosto muito, porque é uma mistura bem equilibrada entre Itália e Japão, e o resultado é extremamente saboroso. Ahn? Ah é fácil, chega de preguiça e vá pra cozinha cortar salsinha.
Vamos lá, anota aí...
Penne ao Shimeji (ou Shitake)
(antes de mais nada, se alguém não souber, shimeji/shitake são aqueles cogumelinhos feios, vendidos nos mercados maiores, e facilmente encontrados no bairro da Liberdade. É feio mas é gostoso...... =)
Ingredientes:
-500 g de macarrão penne
-1 caixinha de 200gr de cogumelos shitake ou shimeji (bem lavados em água corrente)
-1 pote de creme de leite fresco
-1¼2 xícara de vinho branco seco
-100 g de cebola
-Ramos de salsinha
-2 dentes de alho
-2 tomates sem pele (corte em cubinhos, tá?)
-2 colheres de (sopa) azeite de oliva
- Sal, pimenta-do-reino a gosto
-(opcional) Camarões cinzas médios
Modo de preparo:
Cozinhe o macarrão até que esteja al dente. Reserve.
Em uma frigideira, refogue no azeite a cebola bem picada, alho e o tomate picado. Acrescente o vinho e deixe reduzir pela metade. Ponha o shitake em tirinhas (ou o shimeji) e o creme de leite. Deixe fever. Caso fique muito grosso acrescente um pouco de leite. Tempere com o sal e a pimenta. Acrescente a salsinha bem picada e misture ao molho, e depois misture o molho à massa. Está pronto para servir.
Se quiser dar uma sofisticada, acrescente uns camarões cinzas médios, levemente refogados na manteiga.
Isso aí. E vê se dá um descanso pra mamma no domingo...
;)
Baiser baiser,
Belle fleur
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Afora
As ruas por onde passava
Seus caminhos
Já não eram mais os de outrora.
Por que iria querer voltar agora?
Não! Agora não é hora de voltar.
É hora de seguir em frente. Ela cria coragem, sente-se forte!
Reflete alguns instantes, sob olhares curiosos no escuro ambiente.
Em sua mesa, apenas pede pra que o garçom traga sua conta.
Olha para o copo, brinca com os cubos de gelo que lentamente desaparecem.
Volta a vida de Maria. Quanta coisa a mudar!
Ela apenas joga os longos cabelos para o lado...
Perdida em seus pensamentos
nem percebe a atenção que recebe daqueles a sua volta.
O tempo é a melhor solução na ocasião, ela conclui antes de sair
na fria madrugada até seu carro.
É hora de seguir em frente, Maria!
domingo, 15 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Positivo

O que é melhor que amar?
Cuidar, querer bem.
Ter estrelinhas brilhantes nos olhos quando se vê alguém.
Quando se faz uma viagem gostosa. Sai para um jantar a luz de velas.
Anda de bicicleta por debaixo das árvores. Quando come a cereja do Martini.
Quando recebe aquele carinho gostoso, logo de manhã.
E assim passei a me sentir...
Porque amo.
Positivo também é o querer. Almejar, buscar...
A maioria das pessoas busca alguma coisa.
Buscar incessantemente, se tornou pra mim, um modo de vida.
Buscar é perseguir sem medo, sem esquecer de que vai conseguir.
E ponto.
Positivo é desejar o bem.
Não interessa a quem... Deseje o bem até praquela pessoa invejosa que te olha de cima a baixo, ou que vive te 'sondando' às escondidas. Deseje o bem, deseje, deseje, deseje!
Sorria pra todos, pra todas, ore por todos. Então, sua vida tem a leveza de uma pluma. É clara, clean, POSITIVA!
Esqueça os olhares despeitados, esqueça o rosnado de raiva do outro, esqueça o rancor alheio por você ter se dado bem... Releva... Sorria. O bem volta todo e permanece com você.
Bom pra VOCÊ!
Positivo é se cuidar.
Cuidar da mente, cuidar do corpo.
Não usar drogas, não comer demasiadamente, e de preferência não comer carne.
Positivo é esquecer a preguiça e o sedentarismo.
Positivo é ter idéias.
É estudar o que gosta, e o que é necessário.
Enriquecer o seu conhecimento.
Positivo é aprender sempre.
Positivo é respeitar!
Saber entender opiniões diferentes, sem criticar.
Respeitar a natureza e os animais, amá-los!
Ter consciência ecológica, e pro-atividade em proteger.
Feliz 2009!

terça-feira, 16 de setembro de 2008
E o passado lá ficou.
De repente belle fleur se vê morando em um novo lugar, com novas perspectivas para o futuro, em um novo âmbito de idéias (e cada vez mais delas).
O novo não me agrada plenamente. Não interessa se para melhor. Talvez já tenha sido possível perceber pelo que já expus nesse blog até hoje, embora nunca tenha gostado de falar explicitamente de mim neste espaço.
Pois é. Mudanças me apavoram. Por quê? Não sei dizer. Mas quem sabe respondam os astros... "capricorniano, com todo seu amor à labuta, mantém a velha mania do conservadorismo."
Embalando as coisas para mudar de endereço, cada coisinha que encontrava da minha infância resultava em uma hora de pensamentos... Tanta coisa que eu nem imaginava mais que havia guardado. Tantas pessoas que transitoriamente pertenceram à minha vida, tantas outras que ainda pernamecem nela, e, outras, por sua vez, apareceram novamente após anos de ausência. Sei que jamais precisarei daquelas coisas velhas: fotos, escritos, coisas e coisas.. mas por que é tão difícil se desfazer delas?
Algumas pessoas simplesmente jogam um par de sapatos fora. Outras pensam, "este sapato foi usado na época em que fiz aquela viagem para a Grécia..". Aquela insistente atribuição de valor por pura estima. Pela coligação com um bom sentimento ou boa lembrança.
Mudar de residência é interessante. Quem se mudou recentemente deve se lembrar desse apego às coisas sem aparente importância econômica, mas sim, sentimental. Na dúvida, tudo vai pro lixo e talvez você nem se lembre mais daquela coisa, nem daquele período da sua vida. (!)
Enfim... O passado lá atrás ficou, que venha o novo!
Concluiremos outra hora.
A alguns poucos passos do término da faculdade, começamos a nos indagar uma série de coisas. Talvez mais um fator que incentiva o temor das mudanças - Ontem estava começando a faculdade, e quando se vê, já é um marmanjo formado.
Ainda mais se tratando de um curso que oferece uma gama de opções e alternativas de caminhos a seguir. Parece mais fácil por esse motivo, mas é justamente a parte mais difícil, a de realizar uma escolha, e preparar-se com antecedência para segui-la com bom êxito. Errar a escolha custa caro no futuro, e significa perda de tempo para a execução de uma nova.
Algo que sempre penso é que, muitas vezes, a diferença entre o sucesso e o fracasso é o tempo de antecedência que você se dispôs a se preparar para o desafio. "Cair de pára-quedas" não é algo que costuma dar certo, com exceções raras de um grupo de sortudos, do qual até você deve conhecer um membro.
Aos poucos me adapto com o novo, até que passe a ser 'velho de novo'. E se parar pra pensar, é só o que a vida é. Uma conjunção de fatos novos e velhos, brigando entre si, e depois aliando-se novamente..
Ciao!
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Was machst Du, belle?
Se eu soubesse disso à época, teria aproveitado mais (risos irônicos).
À propósito, nessa remota época, nem sequer pensávamos à frente.
Não pensávamos que, no futuro, poderia até existir férias na faculdade
Mas no trabalho, não.
Anyway..
Se alguém aqui já leu Richard Bach, deve se lembrar da satisfação desse autor em narrar suas experiências com seu observador. Sua consciência.
Minha história com esse autor é interessante. Minha família adora livros, e sempre foi possível encontrar muitos deles, às vezes até "perdidos" nos cômodos de minha casa. Certa vez encontrei um, do mencionado autor, que me chamou a atenção. Peguei o livro sem maiores pretensões, e acabei lendo o livro todo, me identificando muito com o autor. Neste é que ele falava muito sobre seu observador interno, ao narrar sua história.
Pois é...
Às vezes o que possuo fica histérico, tentando organizar compromissos ao tempo diário e prazo disponíveis.
"Como qualquer coisa que não se vê, teu dom torna-se mais poderoso à medida que o usas.” Richard Bach
Küsse küsse Liana
terça-feira, 22 de julho de 2008
quarta-feira, 7 de maio de 2008
O olhar dele não era mais o mesmo.
Segurando as mãos dela, olhava fixamente, como quem admirava uma tela de Monet...
Queria agradá-la, tê-la.
Ouviu suas explicações e inconformadas indagações sobre o que havia mudado.
Ele olhava inerte.
"Fica assim, então?"
"Tudo bem..."
Mas em seu íntimo
Não podia crer que aquilo estava ocorrendo diante de seus olhos
Observou até onde pode, podia suportar a dor
Por fim, inevitavelmente aconteceu.
Acordou, trêmula e enraivecida
Não era real.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Mutação
Uma antiga memória parecia não permitir que o tempo escoasse...
Pensava naqueles dias como algo distante, já amarelado, sem brilho, como uma foto antiga.
O tempo passou rapidamente, mais uma vez.
Nem sequer pode entender, com calma, tudo o que aconteceu em todo o tempo que se passara. Apenas aconteceu... sem pedir licença para acontecer.
E então, passou. Aquilo que sentia era imensamente maior, e, no entanto, intensamente diferente.
É incrível como alguns sentimentos têm o poder de se transformar. Seja para bem ou mal, alguns, simplesmente se alteram e jamais voltam a ser como outrora.
segunda-feira, 24 de março de 2008
Consciência Observadora
Imaginando uma infinidade de bobagens
Sem muita concentração exata no que pensava
Apenas deixava fluir a incerta corrente.
Não logrei bom êxito em encontrar o que procurava.
Talvez nem procurasse nada.
E o chá parecia tão sereno ali... em seu cômodo recipiente
Que por pouco não o invejava.
Quando, então, ouço internamente: "Acorda ma belle!"
Um silêncio ruidoso; ainda com o olhar perdido entre pensamentos
"Ma belle! Já viu que horas são? Tome logo esse chá.. Amanhã você terá de {...} e também, {...}. Além disso, já fez os relatórios de hoje? Você também tem que fazer {...}..Vá dormir! {...} .. Ma belle!?!"
Não me atentara antes ao horário.
Mas meu observador interno, sim. Meu observador se atenta à tudo.
E se fizesse tudo que ele diz, nos horários que ele diz
Seria algo próximo do ser humano "perfeito".
Por isso, continuo desobedecendo-o inconscientemente...
E o chá continuou parecendo-me tão belo que,
nem sequer ouvia meu observador aos berros enraivecer.
E tudo pareceu-me ocorrer em uma fração de segundos.
Mas preciosos minutos se foram.
Até que, como uma boa menina
Cedi às minhas próprias ordens.
quinta-feira, 20 de março de 2008
Os bons partem jovens...
Posso afirmar, quase com certeza, que é verdade
Aquele jeito extrovertido e amistoso
Encantador a um estranho
Cativante aos conhecidos
Marcante a todos que, mesmo que por algumas horas, fizeram parte do seu círculo
Inestimável pensar quanto os seus não dariam, hoje, por ao menos mais um momento ao seu lado.
Não deu tempo...
E, então, você parte tão jovem
Deixando um imenso vazio; vultosa dor...
E uma incalculável sensação de que inúmeras vidas estão, agora, incompletas.
Sobraram apenas nossos olhos molhados
Corações doloridos, incapazes de compreender
A lembrança é serena, divertida e afável sobre sua curta passagem pelas nossas vidas.
No entanto, eterna em nossas memórias.
Ao amigo Bruno
sábado, 1 de março de 2008
Felicidade nova
Realizada há 2 dias, correu tudo perfeitamente. Ainda mais tranquila que a primeira... Pós-operatório sem problemas, nem dor, nem sequer um olho roxo. Devo isso ao médico experiente e profissional, muito bem escolhido.
É interessante pensar que você é "alguém" antes da anestesia geral, e ao acordar dela, é "outra pessoa", já tem seus problemas resolvidos.
Eu, que já havia passado pela mesma cirurgia há alguns anos, já sabia como funcionava o procedimento. Por esse motivo, resisti e dei trabalho pra "apagar" ao receber a anestesia. Precisei de um meio anestésico extra, e apenas ouvia os médicos conversarem após me aplicarem a geral.
"- Liana, vai sentir um leve mal estar"
Nesse momento senti uma paz profunda por todo o meu corpo, ouvia meus batimentos mais lentos e muita tranquilidade. Mas ainda estava ali, bem consciente. Anestesistas se entreolham.
"- Já dei a dose para 50 kg, não posso dar mais."
Aguardo de 1 minuto.
"- Ela já foi?"
"- Não."
"- Use o gás."
"- Liana, respire fundo. Respire fundo. De novo.... De n.."
Zzzzzzzzzz.....
Acordei segurada por um médico, com a estranha sensação de sentir a sonda ser puxada da minha traquéia, no entanto, mesmo sendo uma sensação ruim, sorri pro médico extremamente aliviada por ter acordado. Sensação de que passaram-se alguns minutos. Mas havia passado 2 horas. E ainda tem gente que tem medo dessa bendita geral. Hoje tenho uma visão bastante amiga dela...
Fui levada pro quarto logo após a cirurgia, batendo papo com o enfermeiro. E lá chegando, não conseguia mais parar de falar. A sensação de alívio me tornou uma tagarela-ansiosa de primeira.
Já em casa, dormir não é tão fácil. Dor alguma, mas um pequeno incômodo para dormir na mesma posição a noite toda. E ainda assim, acordar respirando tem me feito acordar feliz. Quase como se ainda estivesse sonhando, e não já em realidade.
Afinal, respirar... Isso pra mim é uma novidade muito interessante. ;)
Saudações a todos que enviaram votos de sucesso. Retorno-os todos a vocês, que fizeram meu coração bater mais sereno naquela mesa de cirurgia...
Grande beijo a todos!
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Ma belle fleur
Ultimamente, tão abundantes de incerteza.
Eu, que costumo encontrar a música de cada momento
Poderia encontrar uma alegre para este?
Porque para mim tem parecido assim, difícil, inquietante.
Então procuro pensar subjetivamente.
No mar... na areia engolindo meus pés. Naquele cantinho.
Me recordo, então, moi, dona do maior dos tesouros
Um amor verdadeiro. Sim!
Me recordo que tenho você. E você, é sempre você... O melhor cantinho.
Mas por outras vezes sinto-me enclausurada
em meus próprios pensamentos.
Vem a voz e me fala: liberta-te ma fleur!
- Não posso.
- Durma!
- Não consigo.
- Relaxe!
- Não.
Onde foi que coloquei aquele tranquilizante?
Esqueça, você nem se dá bem com essas coisas.
Sigo, então, pensando o mundo em um segundo.
Fazendo planos pessoais, de carreira, de família...
Qual é mesmo sua idade ma belle fleur? (sonoros risos) Essa é ma belle....
Sigo, então, querendo o mundo.
Vivendo o futuro.
Tomando chocolate quente, pensando no café... e lendo à luz da lua.
Por Liana belle fleur
domingo, 9 de dezembro de 2007
Se vão...
Me lembro de quando te vi pela primeira vez.
E assim, guardei essa imagem aqui dentro, inalterada. Parece-me qualquer coisa: exceto que era a primeira vez que te via.
Estava rodeado de amigos, no auge da distração, os traços sempre tão suaves.
O local permanecia igual: e por que eu haveria de estar lá novamente?
Em plena mudança. Minha mudança.
E me satisfazia quase plenamente admirar aquela metamorfose. Sentia um prazer imenso naquilo. Mas toda aquela atenção voltada para mim me deixava confusa. Aquilo era bom ou não era?
Entretanto, ainda me sentia confortável. Mais ainda por ter você por perto. Eu conseguia lembrar de todos ali, tudo era familiar.
Gente daqueles mesmos 10 a 12 anos atrás. Mas você era a minha grande novidade.
E que harmonia em nossos passos! Pelo menos assim foi no início.
Eu conseguia pensá-lo em música, em verso, em prosa. E por tempos só o pensava.
A cada coercitiva visita à coordenação. A cada desorganizado encontro noturno.
Mas acima de tudo, a cada novo sentimento, a cada sonho.
A cada longo pensamento.
Dedicated to: -
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Memórias
E fazendo jus a esse comentário, serei bem incomum hoje.
Incomum ao enfatizar as "memórias", posto ser algo literalmente esquecido em nossas mentes ocupadas.
Mas... será que o passado, ao ficar para trás, deve ser esquecido como insistem alguns?
Noto que algumas pessoas têm verdadeira aversão ao passado... e sempre deixam claro importarem-se tão somente com o presente.
Que importância você dá às suas memórias? Já parou para "buscar" alguma memória, visualizá-la?
O primeiro dia em que andou de bicicleta.
Uma viagem para algum lugar agradável com alguém que gostava.
O primeiro dia na faculdade.
Férias de determinado ano.
Primeira vez apaixonado.
Uma festa com amigos, em especial.
Sua formatura.
Uma conversa com seu avô.
Uma tarde de primavera no parque.
Certa ocasião, com amigos de infância.
A última vez que viu um desses amigos.
O sorriso de alguém que já se foi.
A última brincadeira da sua infância.
O dia em que conheceu a pessoa amada.
O que pensou dessa pessoa neste mesmo dia.
A primeira palavra do seu filho.
Um perfume, uma música que te leva a outro lugar, a outra época.
As memórias se criam o tempo todo. Nesse segundo.
Então, já é passado.
Seu dono lhes atribui o devido valor, e estas lhe formam a experiência.
Comparo ao tempo musical. Quanto mais belos os registros neste tempo, mais bela a melodia ao final.
Por Liana
"É sempre melhor comprovar as coisas pela experiência do que apenas saber. E valorizando cada uma dessas experiências. Porque se se depende da suposição ou de conjecturas, nunca se fica educado. Há coisas que não podemos descobrir mas nunca perceberemos se são desse tipo se não experimentarmos, vivermos, lembrarmos. Pois é, temos de ser pacientes e perseverar na experiência até compreendermos que não podemos compreender. E é maravilhoso quando assim é, torna o mundo tão interessante. Se não houvesse nada para descobrir seria uma chatice. Só mesmo o tentar descobrir e não conseguir é tão interessante como o tentar descobrir e consegui-lo, se calhar até mais, não sei..."
Mark Twain
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
E são de tipos diversos.
Com aqueles queridos colegas, a proximidade dos exames finais desencadeiam uma série de rituais. Dos mais peculiares, dos mais estranhos. Incluem-se crises de ansiedade (e surtos psicóticos nos mais frágeis).
Contrapartida, com aquela doce guria, os rituais de beleza, tudo em prol do verão, parecem não ter fim. Todo esforço é passível de recompensa. Quem dirá, então, tantos ao mesmo tempo. Mesmo que em esferas diferentes.
As situações se compensam... Mas notem: Ocorre que, muito frequentemente, para se chegar à situação boa, é necessário passar pela ruim primeiro. A tendência é que isso comece na infância - a sobremesa sempre vem depois.
Enfim..
Há males que vêm para o bem. Mas a maioria vem para o mal mesmo.
(Em homenagem ao Tom, querido, que gostou desse lapso de falta de sorte).
;)
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Dr. Guilherme Madeira, ficam aqui registradas minhas saudações.
Afinal, é digno dos melhores elogios que alguém poderia receber; possuidor de uma única personalidade, no entanto, nela reúne uma infinidade de boas qualidades, geralmente daquelas difíceis de serem encontradas, todas, em uma única pessoa.
Meus sinceros votos de SUCESSO!
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
"O ano passou voando!"
A esta época do ano, começa a ser cada vez mais freqüente ouvir as pessoas a proferir isso.
E, de fato, não estão erradas.
Ponho-me então a divagar...
Este ano, assim como os últimos que já se foram, passara mais uma vez quase como que em segundos.
Qual seria a explicação?
Estão as pessoas cada vez mais ocupadas, sem tempo umas para as outras? (Muitas vezes sem tempo para a família, para os filhos, para os avós..). Sem tempo para aproveitar momentos especiais, sem tempo para os amigos, sem tempo para descansar e enfim viver uma etapa que já conquistou... ?
São diversas as hipóteses que nos colocam a pensar.
Seriam essas as explicaçãos para tal estranha e já mencionada sensação?
Então, como que sentindo prazer pela contrariedade causada, alguém apresenta-nos o jargão "Curta a vida, porque a vida é curta!"
Você apenas ri... Isso não é para você.
sábado, 15 de setembro de 2007
Terminando inglês, alemão quando se pode; canto lírico, prática jurídica, entre 1001 outras atividades... Começo finalmente a valorizar o final de semana.
Engraçado como funciona a percepção humana. Basta, de fato, que se perca algo, para valorizar o restante ou o que efetivamente já perdeu.
Valorizo muito o tempo que tenho para mim mesma, para fazer o que gosto, estudar algo que gosto, estar com as boas pessoas, andar de bicicleta, correr no parque. (Mas não como uma pessoa "comum", pois como já mencionado, não vejo graça em ser comum).
Antes os dias pareciam iguais.
Havia tempo, e ainda assim parecia escasso. Mas na verdade, percebo que não era assim tão escasso. Hoje, no limite da agenda, vejo que poderia ter aproveitado ainda mais. Usado o tempo, completamente ao meu favor.
Eis que, hoje, para dar conta de todas as atividades, a madrugada é minha parceira.
Mas o lema é: aprenda o máximo que puder.
Se o fizer assim, 'sucesso é consequência'.
Agradecimentos àqueles que manifestaram sua consideração pelo bom resultado que obtive no exame.
E também àqueles que continuam trilhando ao meu lado. Estes continuam presentes em meu coração.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Eis que desengavetam alguns projetos antigos. Bem projetados, mas difíceis de serem efetivamente iniciados em prática.
Finalmente começam a acontecer. Analiso nostalgicamente como o tempo é um fator interessante em nossas vidas.
Posso observá-lo de diversos modos. Observá-lo como um vilão se assim desejar. Ou posso observá-lo como meu principal aliado. Só falta tempo a quem não sabe aproveitá-lo. Não seria uma grande verdade?
Pode-se, inclusive, tentar o limite. No limite da paciência. No limite da resistência. No limite do que pensamos ser nossos limites.
Esse jogo costuma ser bem interessante. Simplesmente esquecer de suas necessidades mais vitais (em regra, comer e dormir são as primeiras a serem esquecidas) e buscar seu trilho com afinco. Então, alguém diria que é “loucura” buscar algum “sucesso” dessa forma. Como se "ser normal” fosse alguma grande vantagem.
Nada vejo de interessante no comum. O comum é o que todos são. Não há nada mais frustrante do que ser comum.
Ser simples, sim, mas ser comum.. não. E o que mais consigo perceber é que estou cercada de pessoas comuns. Isso não é ruim, mas também não é interessante. Sonhos comuns, desejos comuns, vidas comuns, amigos comuns, relacionamentos comuns, gostos comuns, noites de sábado comuns. Isso é quase tão emocionante como a vida de uma calopsita em uma gaiola, experimentando um ciclo de atividades frustrantes (tais como mastigar alpiste) e esperar a morte chegar. Estranhamente algumas pessoas fazem o mesmo com suas vidas. Vivem também em um ciclo "comum", comodamente esperando a morte chegar. Não tenho uma convicção apenas sobre o mérito, mas uma delas, é que definitivamente isso não é interessante.
Pois, viver de forma incomum seria justamente, o antônimo. Livre. Esquecer o medo de errar. Não ser igual a todos os outros. Trilhar seu próprio caminho. Não apenas desejar agradar a alguém, de forma a não realizar suas próprias vontades (Nota: “Não conheço o segredo do sucesso, mas do fracasso sim. É querer agradar a todos”. - Kennedy). Rumar sentido a felicidade, mas nunca esquecer de carregá-la permanentemente com você nessa viagem. E necessariamente, se comparei a um pássaro, "voar" cada vez mais alto. Isso pode parecer "comum", se vocês pensarem bem. Mas a maioria das pessoas apenas fala à respeito disso, e esquece que tal frase, que soa tão bela, deveria ser buscada na prática.
“Com isso finalmente ela enxerga que não é necessário abrir mão do que verdadeiramente é, em busca do que almeja”. Então voltamos a pauta da gestão do tempo.
Sucesso é apenas consequência. Quase como saudade.
Saudade é um risco para quem ama. Por vezes, consequência da perda. Mas saudade não quer dizer que se está longe. Apenas que se esteve perto um dia.
Sucesso, tempo, liberdade, saudade. Tão subjetivos como esses lapsos de pensamento.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Eis que hoje as peças encaixam.
Nos passos cadenciados do tempo, as situações
não apenas mudam
Mas passam a fazer sentido. Talvez o sentido
que buscara toda a vida
Como a importância de alguns ao meu lado
Cada qual com sua forma
Ele, com seu traços harmoniosos, uma personalidade insuportável, mas ao mesmo tempo carente, atencioso e “sui generis”
Ela, com sua docilidade e delicioso jeitinho de criança, uma eterna fonte de compreensão, carinho e um punhado de problemas
Aquela outra, com sua alegre-seriedade e uma lealdade de incomodar até a famosa collie do filme.
Aquele outro, com sua birra desmedida, um vulcão sempre na iminência de deflagrar. E um grande coração.
Passaria horas em breves descrições, sinto um prazer imenso em fazê-las lembrando cada pessoinha que está aqui, trilhando ao meu lado. No mesmo time.
Entrementes, como o natural, as nossas trilhas são cada vez mais distantes umas das outras. Isso tende a não perturbar ao primeiro momento.
Nessa outra esfera, a jurídica, a força e a disposição sempre tão grandes, em nossos encontros, carregando nossos códigos civis, penais, legislações completas pelos corredores, pensando no próximo prazo, na próxima paciente visita ao fórum, na próxima audiência, e na próxima sexta-feira, de praxe, tão cheias dos nossos sorrisos.
Quanto a outros, em ambientes mais informais. A luz é tão baixa que mal enxergamos uns aos outros. O whisky já está aguado. Mas não conseguimos parar de rir.
Anos maravilhosos, músicas que marcaram, cheiros, pessoas. Cada qual em seu tempo. Cada qual um caminho. Um pensamento de como teria sido… se tivesse ido por aquele caminho? Ouço a música e ela tenta dizer. O cheiro diz. As pessoas? Essas transparecem.
MOMENTOS, todos nós juntos. Ainda consigo ver a bagunça. O chimarrão de um lado, o vinho derramado do outro… As risadas intermináveis. Tardes inenarráveis, felicidade ainda mais do que eterna. Que doce mês de junho! Que saboroso ano inteiro. E que bela a nossa aliança. E vocês ficaram! Como costuma-se mencionar… Os bons sempre ficam. Os maus… da nossa vida saem um a um. E vocês, bons, que continuam trilhando a minha felicidade eterna. A nossa felicidade eterna. Não interessa que caminho seguirmos; não interessa quantas horas nos veremos por mês; apenas não interessam quaisquer indagações. Vocês, bons meus, estão sempre aqui. E estamos sempre, mais que para sempre, juntos.
Como era fácil! Início de faculdade, irmandade, tranquilidaaade. Mal cheguei, já me amarrei. Que amor era aquele!? Coisa de filme, novela, conto de fadas. Talvez um dos meus maiores grandes amores, mas sem dúvida, o maior em intensidade e em instabilidade também. Ao passo que o amor crescia, a gente se desentendia, em uma proporção simétrica e irritantemente apaixonante. Doía… e como era divertido! Acabou você lá, e eu cá, e uma bagagem de experiência do tamanho da Austrália. Fez parte do ano em questão, e não poderia deixar de ganhar seu espaço aqui. Marcou. Valeu a pena. O primeiro? O primeiro foi o gentil cavaleiro. Sim, cavaLeiro. Mas por completo, um nobre cavalheiro. Docilidade, amabilidade, os olhos da cor do céu, dos quais eu me perdia sem volta. As viagens, os passeios, as tardes à cavalo, as aventuras. Dois jovens cheios de carisma, se divertindo e procurando juízo. Você mudou de continente, eu mudei de plano. Você foi; eu preferi ficar.
Esses primeiros anos… Ah… sem iguais. Na mente, imortais.Tempos que não voltam mais!
Eu, uma garotinha que queria o mundo, boba, alegre, pentelha, pirralha, “Tira onda, estou jogando com você”. Hoje tão mudada. Porém, em uma coisa não foi possível mudar. O ideal de vida é o mesmo: Cultura, conhecimento, simplicidade! Casinha de cerca branca no campo, marido, filhos, cães, cavalos, tranquilidade. Isso é MEU. Isso sou eu. Os frutos pelo meu trabalho, a colher, que continuem vindo. O ideal de vida é o mesmo. Os passos cada vez mais largos, para onde quero. Os trabalhos, sempre mais frutíferos. E o desejo de vida… o mesmo.
E nós ainda buscamos o por do sol. Como naquelas tardes. Juntos. Eu ainda vejo a gente lá. Descobrindo tanta coisa nova, jovens, insanos, viajantes. Cerveja, água mineral, chocolate, macarrão sem sal.
Sobre os anos descritos - meus agradecimentos a vocês que estão aqui, plenos em minha memória, e me permitiram escrever essas palavras com esses momentos guardados por dentro dela. Essa mesma memória que mantém vivos os momentos que estão lá atrás. E mais ainda, continua registrando nossos momentos. Que sejam muitos, que sejam belos, que sejam incomuns; e viva a nossa eterna felicidade.
Os próximos anos, talvez eu narre da mesma forma. Talvez eu apenas dê continuidade a meus pensamentos. Talvez. Felicidade, simplicidade, casinha no campo, uma porção de cavalos e cães. E Lili.
Créditos Especiais dessa edição de abertura devo à: André Buika, Vivian Kodato, Eduardo Assis e Luciana Cortez! Também à: Eduardo W., Daniela, Lucas D., Rodrigo Ramirez, Izabel, Christina, Caio e Thaís.